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Quarta-feira, Agosto 27, 2003

Eric Carmen - Hungry Eyes

Deu no Uberlândia Times: o Camaru está pronto para começar. A exposição pecuária chega a sua enésima edição. Haverá shows de dúzias de duplas sertanejas - o que é contrastante, visto que a pseudo-burguesia da cidade não tem uma tradição sertaneja -, Paralamas do Sucesso, e sabe-se lá quem mais.

Eu não vou. Nem morto! Nada neste planeta me leva a um raio de 3 km do Parque de Exposições. Não é pela música nem pelas pessoas. É que , nas duas últimas vezes em que estive ou passei por perto do Camaru, eu literalmente quase fui morto.

Em 2000, fui parar no meio de uma pancadaria generalizada. Tomei socos e chutes até mandar parar, e até hoje não sei quem me acertou, e porque. Acho que era uma briga entre corinthianos e flamenguistas.
Em 2001, um ônibus deeeeeeeesse tamanho abalroou meu veículo (uh, essa expressão foi chique!). Perda total do carro, e quase perda total de mim mesmo, e dos outros dois caronas. A culpa não foi minha, como o laudo pericial pôde provar, mas o fato é que, detalhes à parte, eu me arrebentei todo, e até hoje tenho seqüelas. E eu nem tinha ido à exposição! Só fui buscar minha irmã... Por via das dúvidas, nem saí de casa na época da edição de 2002, apesar de esforçados convites de pessoas que não gostam de mim.

É por isso que eu não passo perto do Camaru nem arrastado! Parece coisa daquele filme, Premonição. Mas confesso que reviro minha imaginação, pensando no que poderia me acontecer se eu desse o ar da graça no Parque. Um poste cairia sobre minha cabeça, fazendo com que ela virasse uma moeda, e meus restos mortais teriam que ser recolhidos com a ajuda de uma espátula? Ou um Fokker 100 pousaria justamente em cima do meu carro (comigo dentro, claro)? Talvez eu fosse pisoteado pelo Ed Motta, ou atacado por um bando de vacas nelore enfurecidas. Os chifres perfurariam meus pulmóes, e minha boca se transformaria numa fonte de sangue. Pode acontecer também de um meteorito explodir minha cabeça.

O fato é que, se alguma coisa der errado no Camaru, dará comigo. Se uma pomba cagar, vai ser na minha cabeça. Se alguém der um tiro com os olhos vendados, é à mim que a bala irá encontrar. Se marcianos psicodélicos resolverem abduzir alguém para realizar experiências científicas, o escolhido serei eu. Então, por favor, se alguém também não for ao Camaru, entre em contato comigo?

por Gustavo M Rezende
às 6:38 AM

Domingo, Agosto 24, 2003

Iron Maiden - Run to the Hills

Eu não tenho patavina nenhuma para dizer. Ultimamente, eu não ando tenho muito assunto, mesmo. Então, quando eu tiver algo de mais substância para falar, o farei, imediatamente, neste espaço.

[Pós-editado]
Pelos emails que recebi, notei que boa parte dos fãs de Matrix dividem a mesma opinião que eu sobre Matrix Reloaded.

por Gustavo M Rezende
às 12:28 PM

Quinta-feira, Agosto 21, 2003

CONSIDERAÇÕES PÓSTUMAS SOBRE MATRIX RELOADED

Depois de rever o filme mais algumas tantas vezes, me sinto apto a opinar conscientemente sobre a seqüência, sem a empolgação que me dominava depois de ter visto o filme pela primeira vez.

É um filme bom? Até que é. Mas não se compara ao primeiro, pelo simples fato de o primeiro ter originalidade, e o segundo não. Matrix Reloaded é uma cópia - em alguns pontos descarada - de Star Wars - O Império Contra-Ataca. Cenário sombrio, naves decolando de hangares, todo mundo se dando mal e uma revelação bombástica no final. Mas o negócio da reprogramação da Matrix, e patati patata nem se compara ao Luke ter descoberto ser filho do Darth Vader, quando ninguém sequer imaginava que isso pudesse acontecer (em Reloaded, todo mundo já sabia do lance da Matrix dentro da Matrix).

Aquele monte de efeitos especiais era realmente necessário? Se basear mais em efeitos de computador do que em roteiro para contar uma história é sinal de pobreza intelectual. Os efeitos CGI devem fazer parte da história, e não se tornarem um personagem dela. O tal "bullet time" era bem legal a princípio, mas o exagero o tornou chato.

Em Matrix Reloaded, para cada minuto de história há 15 minutos de brigas e perseguições. O que devia ser um ponto marcante do filme se tornou, pelo excesso, chateação. Em algumas cenas, o filme se parece muito mais com Máquina Mortífera do que com o tão aclamado "Star Wars do nosso tempo". A impressão passada foi de que Matrix Reloaded foi feito muito mais pelo dinheiro do que pela paixão.

Os novos personagens são totalmente isentos de carisma. Aquela Niobe se parece muito mais com uma integrante do Destiny's Child do que com um personagem de filme de ficção científica. E aqueles gêmeos assassinos, ugh! Alguém ainda se lembra deles?

Convenhamos, é ridículo dizer que "a história completa só será entendida na sua plenitude se, além do filme, as pessoas assistirem aos Animatrix e jogarem o Enter The Matrix". E é mais dinheiro entrando! E quem não gosta de anime e video-game, como eu? Não estou afim de entender plenamente a história destruindo inimigos maus com minhas poderosas armas e prestando atenção no que fazem bonequinhos japoneses.

Não subestimemos o poder de um filme da saga Matrix. Reloaded não é uma porcaria de filme. Só poderia ter sido melhor. Quem sabe Matrix Revolutions não retoma a idéia de uma história encefalicamente elaborada? Se não, pelo menos há a possibilidade de mais originalidade e paixão nos cinemas em dezembro, quando será lançado O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei.

por Gustavo M Rezende
às 6:11 PM

AVISO AOS NAVEGANTES

Não vou voltar a escrever aqui até conseguir ou tirar esse banner horroroso que enfiaram no meu site, ou achar um servidor que não tenha tamanha falta de respeito por seus signatários.
Para quem me lê, peço desculpas, mas a culpa não é minha.

por Gustavo M Rezende
às 5:31 PM

Segunda-feira, Agosto 18, 2003

The Lord of the Rings - The Fellowship of the Ring Soundtrack - Music by Howard Shore

Andando pelas ruas de Uberlândia hoje, me veio à cabeça uma sólida constatação: estou na Índia!

Nas calçadas, sempre tem alguém distribuindo folhetos, que quase ninguém lê e quase ninguém se dá ao trabalho de jogar no lixo. Vai na rua mesmo, né? Não sou eu quem vai limpar mesmo... As calçadas são vergonhosamente estreitas, e você tem que ser ágil e calculista para não ser pisoteado.

Há lixo por toda parte, apesar de algumas lixeiras serem dificilmente avistadas em um horizonte distante. O material depositado sobre o piso é diverso. Há embalagens de comida, guardanapos, muitos folhetos (citados acima), sacolas de supermercado, e chicletes solidificados, que compõem uma paisagem singular e moderna.

Para quem está dirigindo, há mais semelhanças antropológicas que remetem imediatamente à tão belo e místico país asiático. Pessoas. Muitas pessoas. Nas pistas de rolamento. O motorista é obrigado a parar de quarteirão em quarteirão, não pelos sinais vermelhos, mas sim por seres humanos vagando indiscriminadamente no asfalto. Nas esquinas, mais e mais pessoas, esperando para atravessar na pista. Sim, na pista. Ninguém se dá ao trabalho de esperar sua vez na calçada. Na pista é muito mais fresco e confortável. O motorista? Ah, ele que dê uma chegadinha para lá... A prefeitura foi obrigada a colocar, em uma das principais avenidas da aldeia, guard-rails nas esquinas. Aquelas proteções que existem em pistas de Formula 1. A diferença é que, nas corridas, a proteção é para os carros. Em Uberlândia, é para as pessoas. As ruas, mais parecidas com vielas francesas da época de Louis XV, quando muito cabem dois veículos simultâneamente. Vale lembrar que a cidade tem a segunda mais frota de veículos automotivos de Minas Gerais. Tudo bem... Logo logo, eles inventam as espaçonaves urbanas.

Bicicletas! Biclicletas! Bicicletas everywhere! Elas estão por toda parte. No seu lado esquerdo, no seu lado direito, embaixo dos seus pés e em cima de você. Não há ciclovias, o que faz com que todas as centenas de milhares de bibicletas da cidade dividam espaço com os carros nas ruas. Mas, ao contrário do que diz o Código Nacional de Trânsito, os ciclistas de Uberlândia não respeitam as normas de trãnsito comuns a todos os veículos cabíveis.

Nem as motos. Em Uberlândia, há mais motocicletas do que moscas. Motos cortando caminhos por entre carros e caminhões. Motos na faixa da esquerda - de trânsito rápido -, passeando na floresta. Retrovisor é um acessório raro por aqui. Quem tem, bota no seguro. Suspeita-se de uma máfia de furto e contrabando de retrovisores na cidade.

O prefeito tem mal de Alzheimer, mal consegue soletrar a palavra "bola". O secretário de trânsito é uma espécie de Johnny Bravo do cerrado, sempre se penteando e repetindo para si mesmo "eu sou o máximo!" Os vereadores são ou hippies ou médicos (qual deles é pior?).

Não me surpreenderei se algum dia encontrar, pelas ruas do centro, um encantador de serpentes ou alguém parecido com o Osama Bin Laden, mas com certeza ficaria estupefato se visse alguma bicicleta seguir o mesmo sentido dos automóveis.

Ps.: Nos bairros mais novos - a cidade tem 114 anos - a situação é consideravelmente melhor.

por Gustavo M Rezende
às 8:31 PM

Domingo, Agosto 17, 2003

Ramones - Gimme Gimme Shock Treatment

Como eu disse, me ausentei pelo fim de semana. Foi para o rancho. Grama, água, gente selecionada e, o mais limportante, longe pra cacete das Skol Beats da vida. Consegui contar 43 picadas de borrachudos. Podia ser pior... Eu podia ter sido atropelado por um fake plastic car assassino e furioso.

por Gustavo M Rezende
às 4:50 PM

Quarta-feira, Agosto 13, 2003

Elton John - Philadelphia Freedom

Até que para uma pessoa anti-social, de paciência curta e antepassados violentos e adoradores de armas, sou normal. Ontem vi um cara na Praça Tubal Vilela que dizia ser enviado direto do Senhor Jesus para conter a violência e a maldade humana. Ok.

Talvez eu esteja fora da cidade nesse próximo fim de semana. De volta ao meu Rancho Legal? Tomara! Que eu sou meio bobo e não sei aproveitar bem os prazeres mundanos, eu ouço todos os dias. Então, quem sabe não começo agora? Churrasco (de peixe), futebol, sombra e água fresca. E cadê mesmo minha guitarra, meus livros, meus dvds e meus discos?

Alguém sabe algo sobre o svchost.exe? Eu e mais alguns estamos tendo problemas com este componente do Windows 2000. Se alguém souber como consertar ou conhecer alguém que saiba, eu agradeceria se me mandasse um e-mail.

por Gustavo M Rezende
às 10:22 AM

Terça-feira, Agosto 12, 2003

Oasis - Stop Crying Your Heart Out

Assistindo ao documentário Uma Passagem para a Terra-Média, do SCI-FI Channel, tive - outra vez - a confirmação: a Liv Tyler é linda. Muito. Principalmente quando fala em língua élfica. Não é qualquer uma que consegue ser estonteante dando uma entrevista no meio do nada, em uma floresta na Nova Zelândia. Palmas para ela!

Ainda no terreno dos relacionamentos movidos à beleza, por que quando uma mulher visualmente mais ou menos namora alguém (alguém digo qualquer um, mesmo) sempre vem um espertinho que comenta com os amigos: "ah, pra ele tá bom né!" Ou seja: "pra ele tá bom, pra mim tem que ser melhor, porque eu sou o fodão. I'm a bad motherfucker!" Ah, conta outra vai... Esse comentário - totalmente dispensável - é tão babaca quanto a brincadeira da "sua camisa tá desabotoada" ou do "é pavê ou pa comê?" Iac!

por Gustavo M Rezende
às 12:05 PM

Domingo, Agosto 10, 2003

The Beatles - Happiness is a Warm Gun

Ainda me referindo ao Tiros em Columbine, a música deste post resume, em poucas linhas, a idéia irônica do filme. Tanto que a música toca no filme. É uma das minhas muito favoritas dos Beatles, talvez a melhor do White Album, difícil saber. Sei que muita gente que me lê prefere ouvir "to nem aííííí, to nem aííííí..." Invertebrados.

E eu que achava que já tinha visto todas as propagandas ruins do mundo... Pura ingenuidade. A Oi me provou o contrário. "Isso não é um carro, é uma MÁQUINA! Isso não é uma mulher, é a LUIZE ALTENHOFEN!"
Dã!

por Gustavo M Rezende
às 5:35 PM

Tiros em Columbine, eu vi. E é fantástico. Uma verdadeira aula de Sociologia e História contemporânea.
Para quem não sabe, esse filme é um documentário, ganhador do Oscar de Melhor Documentário esse ano. O diretor Michael Moore, ao receber o prêmio, ridicularizou o governo Bush, em cadeia nacional.
Eu não sou do tipo odeio-os-americanos-e-sua-política-carniceira. Mas esse documentário tece com maestria a idéia de que grande maioria dos sobrinhos do Tio Sam não tem cérebro.
O filme gira em torno do massacre da Columbine High School, em 1999, aonde dois alunos, armados até os dentes, abriram fogo contra estudantes e professores. Saldo: 13 mortos. Moore aborda diversos aspectos sobre a violência na sociedade americana, sempre se utilizando de uma ironia ácida.
Seria idiotice minha querer fazer uma sinopse do filme aqui. Só deixo o conselho: quem tem cérebro, vá ver. Largue um pouco sua vida de filme hollywoodiano e se prepare para uma injeção de atividade cerebral. Infelizmente, a maioria das pessoas que conheço ainda não está preparada para isso.

por Gustavo M Rezende
às 3:25 AM

Sexta-feira, Agosto 08, 2003

The Fellowship of the Ring Soundtrack

Eu não agüento mais a Rede Globo canonizar o Roberto Marinho. Interessante que só a Globo fica nessa ladainha. Ninguém lembra da enorme resistência da emissora - liderada por ele - à campanha das Diretas Já. Querem fazer com que a proteção do Dr. Marinho aos comunistas soe como paternalismo e lealdade aos amigos. Ah, tá bom... Ainda bem que há gente com cérebro que não cai nessa. Ainda bem!

Gostaria que minhas férias não fossem tão ociosas como estão sendo. Somente ontem eu passei mais tempo fora de casa do que dentro. É essa a parte ruim de entrar de férias quando o resto da cidade está em aulas. A parte boa é que eu posso ir ao cinema e não ficar cercado por exércitos de pequenos seres.

por Gustavo M Rezende
às 9:06 PM