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Maldito Diário...
 
Século XXI. Se estivesse começando um livro o iniciaria dizendo que a patética raça humana, lamentavelmente, continua cobiçando sua existência com os mesmos olhos que uma criança cobiça algum objeto desejado. Conseguimos subestimar nossa ignorância e superestimar nossa inteligência por todos estes anos em um ato mecânico, repetitivo, involuntário.

Dentro desta epidemia evolutiva que chamamos de sociedade organismos poderosos se desenvolveram e construíram suas bases nas regras que regem tudo e a todos, nas regras impostas pela natureza. Diversos campos da consciência evoluíram-se e nós descobrimos que possuímos o poder da análise, compreensão, associamento e aplicação. Construímos pontes, castelos, meios de locomoção e comunicação. Adquirimos a capacidade de adequar o meio às nossas necessidade porém não adquirimos a capacidade de enxergar o meio em que vivemos como parte de algo infinitamente maior.

Em meio a esse caos opera a ciência e a filosofia. O homem mostra de onde emana seu poder seja ele criativo ou destrutivo, da tecnologia. Nós, adeptos da computação, buscamos a capacidade de tornar a realidade vulgar algo capaz de ser representado apenas por poucas grandezas, de trazer para dentro do mundo discreto o mundo das ações e reações, dos fatos e acontecimentos. Entendo que todo aquele que se prende às teias da ignorância não se encontra pré-disposto a participar desta transição. Liberdade, sonhos, ambições, guerras, paz, tudo isso é fruto da própria concepção humana de realidade. Buscamos a capacidade de comprimir a realidade e estamos cientes das conseqüências. É necessário focar o problema em si porém buscando complementar um problema maior e outro maior e assim por diante. Nos baseamos nesta filosofia e graças a ela sabemos que nada somos senão fragmentos de um todo.

Setembro de 2005