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A CRIANÇA EM MIM


A CRIANÇA EM MIM

Hoje a criança em mim quer colo. Ela quer colo porque está cansada.


MEU TRABALHO

Eu odeio meu trabalho. Sou professora de inglês numa escola renomada e maravilhosa. O problema nem é o meu ramo de trabalho e muito menos minha chefe e as pessoas que trabalham comigo. O problema são meus alunos. Eu não tenho perfil nem paciência para lidar com crianças e adolescentes, e quais as turmas que eu pego? Não de adultos, isso eu digo. Eles não fazem dever, não trazem material, conversam o tempo todo, agridem uns aos outros, não me respeitam, enfim, um mundo de chatices que com o passar do tempo enlouquecem qualquer um. Outro dia um determinado menino de 9 anos me encheu tanto a paciência que eu não dei aula e resolvi, a pedido dele, passar aquele filme dos piratas com o Johnny Deep. Qual foi minha surpresa quando o mesmo menino, vendo que não ia ter aula, ligou pra mãe reclamando que eu estava dando filme e que queria ir embora? Minha chefe, com motivo, sei lá, resolveu me chamar a atenção. Era tudo o que eu precisava... Eu não suporto mais a idéia de chegar em sala de aula, cumprimentar as pessoas e ter que fazer tudo de novo, igualzinho ao dia anterior, ao semestre anterior e ver absolutamente nenhum resultado!!! Nunca tem o material que a gente precisa, outros professores pegam o material e escondem pra gente não usar (principalmente quando é dia de observação), CDs somem sem explicação, os pais nem aparecem pra reunião semestral e depois reclamam que não foram advertidos dos problemas que a criança apresentou. Me poupe! E eu não tenho com quem reclamar. Se reclamo, perco meu emprego. Ainda estou de licença maternidade e simplesmente não quero voltar. Não quero!!!!! Tenho outra profissão: sou tradutora, mas não consigo tradução em lugar nenhum. Me especializei em tradução literária, mas é muito mais fácil bater uma prosa em Romeno com o Papa do que arrumar emprego em editoras. Estou frustradíssima...


MINHA FAMÍLIA NÚMERO 1

Sou casada com um home maravilhoso. Maravilhoso até nos defeitos. Guilherme é o nome dele. Ele tem um filho de 10 anos de idade (Paulo) que aos 4 foi abandonado pela mãe. Desde então, o pai tem a guarda e ele mora com a gente. Recentemente tive uma filha lindíssima de nome Amanda. Dentre todos os problemas que temos, o mais preocupante é o Paulo. Enquanto eramos os 3, Paulo não demonstrava ciúmes nem qualquer tipo de problema. A não ser quando ele via a mãe. Depois que Amanda nasceu, a coisa piorou enormemente! A mãe do Paulo simplesmente laargou o menino de lado, não liga pra ele e nem se interessa pra saber se o menino está vivo, doente, precisando de alguma coisa... Ela o vê uma vez por ano no dia das mães porque o Paulo liga pra ele e a chama. Se não fosse isso, nem a veria. E toda vez que eles se encontram o Paulo entra em crise depressiva. Ele é um menino que tem tudo: quarto arrumado, roupa de cama lavada, passada e trocada a cada 7 dias, roupas e sapatos modernos também limpos, ele tem brinquedos, video game, televisão, video cassete, aparelho de DVD, computador, livros, porta retratos, bonés, cintos, meias fashion, o conforto de ir e vir da escola de carro, material escolar sempre novo, uniforme limpo e novo, bicicleta, capacete pra motoca do pai, CDs, DVDs, filmes, um banheiro na casa só pra ele, ele tem amigos, tios, tias, avós, avôs, dindinho e dindinha, pai, madrasta, irmãs, ele tem o amor de todas essas pessoas. A única e exclusiva coisa que ele não tem é o que ele vê a irmã Amanda receber todo dia de mim: amor. Inclusive às vezes eu até fico constrangida de fazer algum comentário carinhoso pra minha filha na presença dele porque imediatamente ele fica amuado e triste. Outro dia ele disse que daria muita coisa pra ganhar um banho de banheira da mãe (igual ao que eu estava dando na irmã à noite). Ultimamente ele vem demonstrando indícios sérios de depressão. Qualquer coisinha é motivo pra ele chorar, ficar agressivo na escola, ficar amuado pelos cantos, ficar triste, esquecido, birrento, emburrado, medroso. O pai e eu não sabemos mais o que fazer. Eu, e unicamente eu, cheguei a pensar que fosse pela forma rígida com a qual eu crio ele. Comigo ele tem hora pra dormir, não pode brincar de video game até a hora que ele quiser, as amizades dele são controladas, ele não pode simplesmente sumir na rua, tem que arrumar o quarto e as coisas dele. Mas se não for assim, com limites e disciplina, o que eu vou estar dando pra sociedade no futuro? Chegamos à conclusão que ele está precisando de terapia. Ele não conta nada pra gente do que se passa dentro dele. Nem pra mim nem pro pai. Ele se fecha e a gente tem que descobrir o que se passa lá dentro. O que me cansa é que além de ter que cuidar da Amanda eu ainda tenho que ficar em cima dele literalmente o dia todo assim: já escovou os dentes? Já penteou os cabelos? Já passou desodorante? Já tomou banho? Já fez dever de casa? Já comeu? Já arrumou seu quarto? Já guardou seus brinquedos? Já tomou seu chá? Já tomou seu mel? Já pegou sua carteira? Já pegou sua chave? Já guardou seu chinelo? É um saco, não é? Mas se não sou sou eu para lembrá-lo de resolver esses pequenos problemas da vida ele simplesmente não faz nada. Quando ele vai pra casa da avó ele volta com os dentes amarelos e com 13 horas de video game nas costas. Leitura? Só morto!!!!! É a mesma coisa todo santo dia. É a mesma coisa 3/4 vezes por dia todo santo dia. Eu não aguento mais. Eu não aguento mais tanta cara feia, tanto choro, tanto burro amarrado, tanto sofrimento da parte dele. Ele sofre de um lado por causa da mãe e eu sofro em dobro por causa dele. Sei que se meu marido resolver, pro bem do filho, sair do meu convívio, eu vou morrer um pouco. Sempre soube que seria difícil morar com o Paulo, eu só não sabia que seria tão difícil, beirando o impossível. Estou exausta psicologicamente. Às vezes me dá vontade de pegar minha filha e sumir pra uma cidadezinha bem distante e esquecida. Às vezes me dá vontade de chorar sem parar. E às vezes me dá vontade de morrer...


Bonito. Muito bonito. Eu tenho certeza que eu mereço, viu! Saco! Vamos lá...

Era uma vez a minha mãe, que é ciumenta e quer tudo só pra ela. Ela teve uma filha, eu, em 1972. Quando eu me casei ela quase morreu. Ela achou que eu iria embora e que nunca mais voltaria. Muito pelo contrário. Eu fui morar a 10 minutos de carro da casa dela e ainda trouxe meu marido e o meu enteado... Pois bem. Aconteceu que eu tive uma bbzinha e que é o xodó da casa (primeira neta). Acontece também que o irmão teve ciúme: não da irmã, mas de mim. Vamos aos fatos: 1. O Paulo uma vez, pra chamar a atenção do pai, tirou o rolo que impede da bb virar e engasgar de propósito pro pai sair do banheiro (onde ele estava cortando meuc abelo) e ir ficar com ele e a irmã no quarto. O Paulo sabia das consequências e mesmo assim tirou o rolo pra bb engasgar e o pai ir acudir. Tá! Fiquei com medo, mas deixa pra lá... Fato 2: A minha mãe foi dar mamadeira pra Amanda e quando ela foi colocar a bb no carrinho depois que ela arrotou, ela percebeu que a carrapeta/borboleta estava aberta. O Pauloe stava na casa da minha mãe esse dia e tinha desaparecido no apartamento por alguns minutos. Vale dizer que o carrinho estava na sala antes de tudo acontecer. Quando minha mãe colocou a bb no carrinho, ela quase caiu porque o lado da carrapeta que estava aberta, cedeu. Logo, e obviamente, pensamos que tivesse sido o Paulo. Por vários motivos, é claro, mas peinciplamente por ausa do rolo e por causa das mentiras que ele tinha o costume frequente de contar. Pressionamos o menino (severamente, confesso) e ele admitiu que havia aberto a carrapeta pra ver a irmãzinha cair. Ficamos em choque, minha mãe chorou muito e chamamos o pai (que havia acabado de sair do trabalho) pra ir lá na casa onde estávamos passando a tarde conversar. À princípio, o pai foi severo com o Paulo e disse que não queria mais a ajuda dele com a bb, que o Paulo não podia mais chegar perto da irmã porque estavamos com medo das atitudes dele. E foi só. No outro dia, Paulo disse ao pai que não havia aberto carrapeta nenhuma de carrinho nenhum e o pai acreditou. Vale dizer que foi aquela briga só??? O menino faz uma coisa dessas e o pai age como se nada tivesse acotnecido? Confesso também que reagi intensamente, inclusive mais que o recomendável a uma pessoa sã: resolvi largar minha cama de casal e dormir no quarto da minha filha pra protegê-la do irmão. Depois de um tempo, meu marido argumentou que não acreditava que tinha sido o filho e sugeriu, muito sutilmente, que tinha sido a minha mãe. Agora, qual o motivo da minha mãe em abrir a carrapeta do carinho pra colocar a culpa numa criança de 10 anos de idade? Pra quê? Pra acabar o casamento da filha? De onde ela tirou essa raiva toda do genro e do filho dele? Ou foi o Paulo, por ciúme, que agora os olhares não são mais pra ele e sim pra irmã? A gente nunca vai saber. O Paulo, agora que sabe que o pai acredita que não foi ele, vai negar até a morte caso tenha sido. E minha mãe, tá ficando louca a ponto de agir assim? O problema que enfrento agora é que meu marido tá com raiva da situação, magoaddo com a minha mãe pela forma que ela usou pra interrogar o filho e tratando todo mundo com indiferença. E o pior é que ele insiste que não tá com raiva e não tá tratando ninguém mal. Minha mãe tá com raiva da atitude do meu marido de ter acreditado no filho e duvidado da palavra de uma mulher de 63 anos, que ela estava protegendo uma filha dele contra um filho dele. Agora eu estou com uma das minhas famílias contra a outra. Não almoçamos mais com meus pais aos domingos pra evitar que eles se tratem com falsidade e ignorância. Toda vez que meus pais querem ver a neta tneho que ir com ela sozinha. Volto a trabalhar dia 31/05 e a partir desse dia minha filha vai fiar com mesus pais de segunda a quinta de 14 as 21hrs. Então no final de semana não terei que me dobrar pra agradas minha sogra e minha mãe. Dia de semana a minha filha é da minha família, Final de semana ela é da família do meu marido. Bonito, né? Estou vivendo como separada dentro da mesma casa. Tratamos nossa filha como se ela fosse uma coisa. Hoje ela é minha porque vou levá-la pra casa da minha mãe; amanhã ela é sua pra levar pra casa da sua, tá bom assim? Olha que ridículo!!!! Eu estou muito triste com essa situação, muito mesmo. E meu marido me culpa por isso...O batizado da Amanda está chegando e vamos fazer duas festas. Uma pro meu povo que não quer ir pra casa do povo do meu marido porque é muito longe e porque é muito pobre. Outra festa pro povo de lá que não quer vir pra casa da minha mãe porque é chique demais e porque tem muito copo de cristal. Podre... Fiquei com tanta raiva que avisei pra putada do meu povo que não vai haver nada. Se meu marido quiser fazer alguma coisa, que ele sozinho faça. Não conte comigo. Ponto final. Amanda, que não tem nada com isso, vai ficar com ele e com o povo dele até as 17hrs e depois ela é minha pra levar pra casa da minha mãe nem que seja um pouquinho. E adianto que não quero nem meu marido e nem meu enteado lá. Não quero, e não acho que mereço, as pessoas que mais amo de cara feia um pro outro. Quem quer que tenha aberto a p**** da carrapeta do carrinho agora esteja muito satisfeito com o que provocou: a discórdia dentro das minhas famílias. E apesar deles dizerem que são adultos, que não estão tratando ninguém mal, eles não passam de criançinhas mal educadas que estão no meio de uma fogueira das vaidades. Até, é claro, chegar o dia em que eu realmente me estressar, ficar com muita raiva, mandar todo mundo praquele lugar e sumir nesse mundo com a minha filha. Um dia eles vão me pagar muito caro por tudo issa, ah vão. Muito caro.


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