Diamante
3a. Parte
(continuação)
Diamantes sintéticos
O diamante sintético
é normalmente produzido quando se submete a grafita a
temperaturas e pressões muito elevadas. O diamante
sintético lembra o diamante natural na maioria das suas
propriedades fundamentais, conservando a dureza extrema, uma grande
transparência (quando puro), alta condutividade térmica e
alta resistividade elétrica,
pelas quais o diamante é bastante apreciado. Desde que a
síntese é um processo caro, pedras com qualidade
gemológica são raramente fabricadas. Em vez disso, a
maioria dos diamantes sintéticos são produzidos como
fragmentos ou pequenos cristais que são utilizados como
revestimentos de alta dureza para equipamento industrial, tais como
discos de abrasão, máquinas-ferramenta, máquinas
de estamparia, serras de blocos de pedreira, e sondas de
mineração. Além disso, pode-se fazer crescer
filmes de diamante em vários materiais, submetendo gases
contendo carbono a temperaturas extremas, através do processo
CVD (chemical vapor deposition); esses leitos podem ser usados em
ferramentas de corte, janelas para dispositivos óticos, ou
substratos para semicondutores. Esta aplicação é muito promissora na
área de nanotecnologia.
Fonte: Enciclopédia Britânica
The New Diamond Age
- Novos desenvolvimentos estão surgindo na
fabricação de diamantes sintéticos. A primeira
onda de diamantes sintéticos com qualidade de gema
começou a atingir o mercado no verão de
2003. Esses diamantes estão sendo fabricados por uma empresa da
Flórida
- a Gemesis - onde equipamento de origem russa, atuando a uma
pressão
de 58.000 atmosferas e temperatura de 1.260oC, está
produzindo
pedras de 3 quilates, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Outra
empresa
americana - a Apollo Diamond - sediada em Boston, aperfeiçoou o
processo
de chemical vapor deposition -CVD, para produzir diamantes
quase isentos
de defeitos e pretende lançá-los no mercado no final do
ano
(2003). A De Beers está preocupada com esses concorrentes e vem
contra-atacando,
argumentando que os diamantes naturais possuem um valor
intrínseco
superior a um produto sintético. Enfim, uma guerra comercial
está
iniciando.
O próximo
alvo dessas empresas de inovação tecnológica
é a indústria de computação, onde o
diamante microcristalino poderá ser usado na
fabricação de microchips, superando por larga margem
a condutividade térmica do silício.
Fonte: Revista Wired, setembro de 2003
(pp. 96-105 e 145-146)
Mais detalhes:
Gemesis - Cultured
Diamonds
Apollo Diamond
Em 12 de maio de 2004, a
cadeia de televisão CBS apresentou no programa 60 Minutes uma matéria sobre
a produção de diamantes do tipo gema pelas duas empresas
acima mencionadas. Leia a matéria e veja o video que acompanha:
Diamonds:
Made In The USA
-
Pesquisadores brasileiros realizam ensaios para a
produção de diamante sintético
- Diamantes falsos ou
sintéticos
- The diamond deception
Imitações de diamante
(zircônia cúbica, moissanita, etc.)
Existem várias gemas (ou
materiais) que imitam o diamante, sendo mais conhecidos: a safira
incolor natural ou sintética, o rutilo tanto natural quanto
sintético, a granada de alumínio e ítrio (YAG), a
titanita, a zircônia cúbica (material sintético) e,
mais recentemente, a moissanita. Todos esses materiais imitam,
até certo ponto, o diamante em algumas de suas propriedades,
principalmente a aparência.
- Zircônia cúbica (ZrO2 = dióxido de zircônio)
- Cubic zirconia information & size chart
- Zircão ou zirconita (ZrSiO4)- não é imitação de diamante
- Moissanita (SiC = carbeto de silício)
- Lista de preços de moissanita
- Comparação entre propriedades
Gemstone |
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- Instrumentos para testar diamante
- Instrumento para testar diamante, moissanita e zircônia
- Observações sobre o funcionamento dos testes
Obs.: O autor desta página não
se responsabiliza pela precisão desses testes. A
responsabilidade legal
é do fabricante do equipamento.
Certifique-se do resultado através do joalheiro de sua
confiança.
Preços
Comércio internacional
- A
cada 5 semanas, ou seja, 10 vezes por ano, cerca de 120 sightholders (atacadistas de pedras
brutas) do mundo inteiro reúnem-se em Londres, Lucerna ou
Johannesburgo, nos escritórios da De Beers, para comprar seus
lotes disponibilizados pela DTC (Diamond Trade Company, ex-Central
Selling Organisation). Eles representam um grupo seleto de
diamantários que desfrutam da oportunidade de comprar as pedras
diretamente da fonte, movimentando milhões de dólares por
mês. A lista dos sightholders aparece neste link:
http://www.keyguide.net/sightholders/
- Prevê-se que o Canadá
responderá por 12
a 15% da produção mundial em 2005
(Financial Post, 23.08.2001)
-
Sucessão na De Beers
(FT, 23.08.2001)
- A De Beers
- o líder mundial
"It is a family business and the Oppenheimers
are a dynasty", declaração de um
empregado da De Beers.
Fundada em 1888, a De Beers
tem estado envolvida em todos os
aspectos da indústria do diamante durante mais de 112 anos.
Em 1990, foi dividida em duas companhias principais: a De Beers
Consolidated Mines Limited, e a De Beers Centenary AG. A primeira
continua a operar e administrar as minas de diamante sul-africanas em
Venetia, Premier, Finsch, Namaqualand, Kimberley, Koffiefontein,
Marsfontein e The Oaks. A De Beers Centenary AG está sediada em
Lucerne, Suíça, e conjuntamente com as suas
subsidiárias (o grupo Centenary), cuida daquelas atividades e
investimentos realizados fora da África do Sul e previamente
administrados pela De Beers Consolidated Mines Ltd. Estas incluem as
entidades não-sul-africanas das tradings,
participações em empresas de mineração em
Botswana e Namíbia,
e em empresas que manufaturam diamantes industriais sintéticos
e produtos abrasivos.
Hoje a De Beers é a maior
empresa de diamante do mundo, produzindo uns 45% dos diamantes-gemas
em valor, a partir de suas minas próprias na África
do Sul, e em parceria com os respectivos governos em Botswana,
Namíbia
e Tanzânia. Ela administra 20 minas nesses quatro países,
desenvolvendo e incorporando todos os métodos conhecidos de
lavra de diamante: a céu aberto, subterrâneo, aluvial,
costeiro e marinho.
A De Beers possui escritórios de
representação em Angola, Austrália,
Bélgica, Botswana, Canadá, China, Hong Kong,
Índia, Israel, Namíbia e Rússia.
A empresa está exigindo que todas as suas
operações mineiras sejam certificadas
de acordo com a ISO 14001, em obediência aos padrões
internacionais de gestão ambiental. Este é o
princípio através do qual a De Beers busca melhorar o
desempenho e, no longo prazo,
garantir um ambiente seguro e saudável para as comunidades onde
está operando.
- As
cifras mundiais (1998)
Em 1998, a indústria de diamante
internacional produziu uma estimativa de 115 milhões de quilates
de diamantes brutos, com um valor de mercado de US$ 6,8 bilhões.
Na ponta da cadeia do diamante, este valor foi convertido em 67,1
milhões de peças de joalheria avaliadas em algo
próximo de US$
50 bilhões.
O grupo De Beers, seja diretamente, seja
através dos seus parceiros, extrai a maioria dos diamantes do
mundo. A De Beers compra a maioria de todos os diamantes produzidos e
estabelece o preço dos diamantes brutos no mercado global. O
controle da oferta e demanda dos diamantes brutos nos mercados mundiais
é gerenciado através da Central Selling Organisation
(CSO), sediada em Londres e rebatizada na década de 90 para
Diamond
Trading Company (DTC).
- Is the price of diamonds too high? (clique aqui)
- O Distrito do Diamante - Rua 47 (entre a 5a. e a 6a. Avenida), em Nova York (clique aqui)
O local perfeito para você barganhar
- Rapaport News (notícias diárias)
- Diamond News
Questões políticas
- Conflict Diamonds (clique aqui)
- Guia para implementar o Processo Kimberley (clique aqui)
- Assembléia Geral da ONU reafirma seu vigoroso apoio ao Processo Kimberley (clique aqui)
- Considerações sobre legislação antitruste (clique aqui)
- Os cientistas lutam para identificar os "diamantes sangrentos" (clique aqui)
- As Nações Unidas têm uma política coordenada para os diamantes de conflito? (clique aqui)
- No dia 5 de novembro de 2003 o Diretor-Geral do DNPM assinou o primeiro Certificado do Processo de Kimberley. Este ato representa a inserção do Brasil no sistema internacional de Certificação. O Brasil, a partir daquela data, pode exportar seus diamantes brutos para qualquer parte do mundo (matéria divulgada pelo DNPM).
- Gravação a laser: devido à problemática dos "diamantes sangrentos", alguns joalheiros passaram a gravar brilhantes com inscrições feitas a laser, de modo a indicar a sua origem geográfica através de um código de certificação. A partir dessa idéia, surgiu o desejo de gravar nomes ou frases que expressassem o sentimento de quem presenteia a pessoa amada. Segue um exemplo, com a frase "I Love You".
Seção Infanto-Juvenil
- A formação do diamante (Canadá) (veja a animação clicando em "to view this video click here", abaixo da figura do planeta Terra)
- Veja por dentro do diamante
- Um cristal de diamante ao microscópio de luz polarizada :
- Um exemplo de lapidação. Ao cortar um diamante bruto e lapidá-lo, o artesão busca otimizar o resultado dessa operação. O planejamento pode levar semanas ou meses, de modo que os brilhantes resultantes da lapidação ofereçam o melhor resultado financeiro possível. Os desenhos em azul e verde representam os dois brilhantes maiores que serão obtidos a partir da pedra bruta à esquerda. Hoje em dia, programas de computador ajudam o lapidário nessa árdua tarefa. Ele não tem o direito de errar.
- Um brilhante se comporta como um prisma, dispersando a luz branca nas cores do arco-íris. Isto acontece como uma combinação de refração e reflexão dos raios de luz que incidem sobre a pedra.
- Compare o diamante com outras gemas
- Diamond history for Kids
- Qual é a pedra preciosa mais valiosa?
- Diamante e filatelia
Um diamante é para sempre
- O famoso slogan "Um diamante é para sempre", tradução de A Diamond Is Forever , foi cunhado em 1947 para a De Beers pela publicitária americana Francis Gerety, que trabalhava para a agência NW Ayer. A revista Advertising Age considerou-o o melhor slogan do século XX num concurso realizado em 1999, sem dúvida um dos mais conhecidos, tendo sido apropriado por Ian Fleming num filme de James Bond ("Diamonds Are Forever").
- Myths,
magic, and lore
- A
Coleção Aurora (Aurora
Collection - New York)
Estas imagens mostram parte da
Coleção Aurora , formada por 260 diamantes naturais
(isentos de radiação) e coloridos,
procedentes de fontes internacionais e representando
a variedade de cores
exóticas presentes nos diamantes. As pedras variam de 13 pontos
até 2,88 quilates, atingindo no total
231,73 quilates. Cortesia de Aurora Gems, Inc., New
York.
- Are diamonds really forever? (clique aqui)
- Leilões famosos de brilhantes raros (Auction Houses)
Christie's
Sotheby's
- Links (clique aqui) Crédito: Gem Lab
Bibliografia
Lançamento:
Diamante: a pedra, a gema, a lenda. Autores: Mario Luiz Chaves e
Luís Chambel. São Paulo: Oficina de Textos, 2003.
1.
Clique aqui (em inglês)
2.
Livro curioso:
Diamonds Famous &
Fatal :
The History, Mystery and Lore of the World's Most Famous Gem, by
Leo P.
Kendall
Responsável pela
página: Prof. Dr. Iran F. Machado
ifmachado@hotmail.com
Nossos agradecimentos a todas
aquelas pessoas e organizações que pacientemente
elaboraram links aqui exibidos.
Agradecemos suas
sugestões, críticas ou comentários, caro(a)
internauta.
Última
atualização: 03.02.2005