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Histórias

1 - História do Tênis
2 - Tênis no Brasil
3 - História dos 100 anos da Copa Davis

1 - História do Tênis

Os jogos de bola e raquete descendem do jeu de paume (jogo de péla), disputado na França a partir do século XII. Em princípio, o paume era jogado com mão coberta por uma luva ou por correias de couro, e, mais tarde, com uma espécie de pá, chamada battoir. Só no final do século XVI começou-se a usar a raquete. O termo inglês tennis procederia da palavra francesa tenez, "pega!", que os jogadores gritam para o adversário ao lançar a bola.
O tênis moderno é criação do britânico Walter C. Wingfield, que em 1873 publicou o primeiro livro de regras do esporte e lhe deu o nome grego de sphairistike. Tempos depois, o jogo passou a chamar-se lawn-tennis (tênis na grama), por ser disputado sobre terrenos gramados. Em poucos anos, o novo esporte difundiu-se pelos países anglo-saxões e mais tarde por todo o mundo. O primeiro torneio mundial, organizado pelo All-England Croquet Club, foi disputado em Wimbledon, em 1877.
De 1896 a 1924, o esporte fez parte da programação dos Jogos Olímpicos. Desde 1900 já se disputava a Copa Davis, que equivale a um campeonato mundial de equipes, representantes de regiões geográficas. Em 1912, criou-se a Federação Internacional de Lawn-Tennis, depois chamada Federação Internacional de Tênis (FIT). Em 1950, o profissionalismo se implantou oficialmente no tênis, quando um movimento liderado por Jack Kramer conseguiu fundar a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). A organização mostrou sua força política em 1973, quando a maioria de seus membros decidiu boicotar o torneio de Wimbledon, em represália à punição sofrida pelo iugoslavo Nikki Pilic, que se recusara a disputar a Copa Davis por seu país. Após a formação da ATP, criou-se a Associação Internacional de Tênis Feminino (WITA).
Em 1968 a FIT aprovou a realização dos chamados "torneios abertos", dos quais podem participar tenistas amadores e profissionais. Entre eles, destacam-se, além da Copa Davis e do torneio de Wimbledon, o aberto da Austrália, o dos Estados Unidos (Forest Hills) e o da França (Roland Garros). À medida que a televisão foi ganhando importância como impulsionadora do tênis, desenvolveu-se uma nova classe de tenistas, que inclui o romeno Ilie Nastase, o americano Jimmy Connors, o sueco Björn Borg (que, pela primeira vez na história do tênis, venceu em Wimbledon cinco vezes consecutivas), o americano John McEnroe e o alemão Boris Becker, o mais jovem vencedor de Wimbledon (com 17 anos). Entre as mulheres, destacaram-se Martina Navratilova, Hana Mandlikova, Steffi Graf, Chris Evert, Monica Seles e Billie Jean King.
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2 - Tênis no Brasil

O tênis começou a ser disputado no Brasil na virada do século XX. Com a fundação do Fluminense Futebol Club, no Rio de Janeiro, e do Clube Atlético Paulistano, em São Paulo, o esporte se difundiu, embora até a primeira guerra mundial houvesse pouquíssimos torneios. Somente apcriação das federações regionais, que controlavam o esporte em âmbito ós a estadual, o tganhou maior divulgação. Em nível nacional, coube à Confederação Brasileira de Tênis Desportos dirigir o esporte até 1956, quando foi fundada a Confederação Brasileira de Tênis.
Entre os tenistas brasileiros, o nome de maior repercussão mundial foi o de Maria Ester Bueno, três vezes campeã de simples e três vezes de duplas em Wimbledon. Posteriormente, outros tenistas brasileiros de categoria internacional foram Ronald Barnes, Carlos Fernandes, Edson Mandarino, Ivo Ribeiro, Thomas Koch, Mary Habitch, Patrícia Medrado, Carlos Alberto Kirmayr, Marcos Hocevar, Cássio Mota, Luís Mattar, Jaime Oncins e Fernando Meligeni.


Maria Ester Bueno, tenista brasileira de maior repercussão mundial
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3 - História dos 100 anos da Copa Davis

A Copa Davis faz cem anos com charme, muita disputa e recordes.
Uma das mais importantes competições entre países do esporte mundial, a Copa Davis celebra cem anos em 99. Esse centenário acontecimento, contudo, começou como uma brincadeira, que para muitos não passava de maluquice estudantil. Tudo aconteceu na virada do século, quando os estudantes de Harvard, Dwight Filley Davis, Malcolm Whitman e Holcombe Ward, desafiaram os ingleses - os donos da bolinha, se é que se pode dizer assim - para um tira-teima na cidade de Boston. A equipe inglesa - formada por Arthur Wentworth Gore, Edmund D. Black e Herbert Roper Barrett - aceitou o desafio e, desde então, o torneio não parou de crescer. No ano passado bateu o recorde de países inscritos, com 131.
Os ingleses tinham o campeão de Wimbledon, Arthur Gore, e desembarcaram em Nova York no dia 4 de agosto, um sábado. Como favoritos, não tinham do que temer e aproveitaram a viagem para fazer um pouco de turismo no novo continente. Tanto que foram diretamente conhecer as famosas cataratas do Niagara e, só no dia 8, uma quarta-feira, lembraram que tinham de jogar tênis.
A surpresa não demorou muito: Davis derrotou Black, por 4/6, 6/2, 6/4 e 6/4; e Whitman venceu Gore, por 6/1 6/3 e 6/2. Nas duplas, os garotos norte-americanos fecharam com chave de ouro: Davis/Ward bateu Black/Barrett, com um triplo 6/4. As duas partidas de simples complementares deixaram de ser disputadas devido a um grande temporal que inundou as dependências do Longwood Criquet Club.
Mas, segundo Alan Trengove, no livro "A história da Copa Davis", a primeira edição marcou também por um fato pitoresco. Em plena competição, os idealizadores sentiram a falta de um troféu. Davis não teve dúvida: passou a mão na poncheira de prata que sua família oferecera à avó. Lenda ou não, dizem que a boa velhinha quase desmaiou quando viu seu precioso objeto durante a cerimônia de premiação. Com o tempo, o troféu ficou pequeno para a inscrição dos vencedores e a solução foi acrescentar na base um pedestal de madeira e prata com espaço até o ano 2000.



Henri Cochet

Em 1904, a Copa Davis deixou de ser uma competição entre dois países e logo na décima terceira edição tinha sete países. Ela só foi interrompida durante a Primeira Guerra Mundial, de 1915 a 1918.
O norte-americano William "Bill" Tilden, que para muitos tenistas foi o melhor de todos os tempos, foi o responsável pelo sucesso dos EUA na Copa Davis por sete anos consecutivos (de 1920 a 1927).
A partir de 1927 apareceu a nova força mundial, a França, composta pelos lendários tenistas Cochet, Lacoste, Borotra e Burgnon, que venceram a competição por seis anos consecutivos, sendo cinco contra os EUA.
A competição, a partir de 1946, viu o domínio de Austrália e EUA por três décadas. Só nos anos 70, a Suécia surgiu como nova força mundial, liderada por Bjorn Borg e companhia.


René Lacoste

Até 69, a Davis era restrita a tenistas amadores e sua profissionalização se deu em 73. O grupo mundial foi criado em 81, formado pelas 16 equipes mais fortes do mundo. Abaixo dele, vem o Grupo I, que até hoje se divide em zonas européia, americana, euro-africana e Ásia-Oceania. Com o crescimento, a ITF teve de criar o Grupo II (88), Grupo III (92) e IV (97). A repescagem foi adotada em 89, dando oportunidade para os oito melhores países do Grupo I disputarem lugares no Grupo Mundial.



Lew Hoad cai na partida de 53. A Austrália é o segundo país que mais venceu na Davis.



Os maiores vencedores de todos os tempos:
EUA, 31 vezes; Austrália, 26; Inglaterra, 9; França, 8; Suécia 7; Alemanha, 3; África do Sul, 1; Tchecoslováquia, 1; e Itália, 1. Da América do Sul, só Argentina e Chile foram finalistas da Copa Davis.


Dwight Davis


Taça atual da Copa Davis
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