No mundo em que vivemos, o que acontece com a Indústria é uma grande desconcentração geográfica, pois a industrialização dos países subdesenvolvidos são muito tardias, com abundância de mão-de-obra e com a utilização de tecnologias importadas, o que torna a tecnologia muito estabilizada e conseqüentemente inferior à dos países desenvolvidos. Isso causa uma disparidade muito grande em relação às indústrias dos países desenvolvidos, que possuem altíssimas verbas para investimentos em tecnologia. Isto está melhor explicado na seguinte afirmação: "A desconcentração geográfica da Indústria foi seletiva"; que significa que os países subdesenvolvidos implantaram ramos industriais com tecnologias estabilizadas e os altos investimentos tecnológicos permaneceram nos países desenvolvidos.

Os países centrais formam um bloco heterogêneo, que é composto de partes de diferente natureza. A importância da indústria na economia se verifica pelo PIB per capita da manufatura, ou seja, é a forma de revelar a verdadeira importância da indústria na economia e na produção da riqueza material de cada país. O mapa-múndi de P&D está praticamente excluindo a América Latina, África e sul da Ásia, isto está acontecendo pois essas regiões não estão investindo o suficiente em pesquisa e desenvolvimento, e assim nunca conseguirão tornar-se regiões desenvolvidas, pois os investimentos em P&D dependem da disponibilidade de somas imensas de capitais, acumuladas pelas grandes corporações transnacionais ou pelo poder público. A primazia das nações desenvolvidas nos investimentos em alta tecnologia é incontestável, ou seja, não tem o que contestar nos investimentos de alta tecnologia dos países desenvolvidos, pois os investimentos são muito grandes e não há país nenhum que consiga superar esses países.

Coréia do Sul, Formosa, Cingapura, Indonésia, Malaísia, Tailândia e Hong Kong; esse são os países que formam os Dragões Asiáticos. Eles são conhecidos como um bloco de países subdesenvolvidos semi-industriais do leste e sudeste asiático. Os Dragões asiáticos são conhecidos como plataformas de exportação, por causa do seu grande número de exportações industriais, pois eles resolveram investir na produção de manufaturas de baixo investimento tecnológico, como roupas, calçados, relógios, destinados ao mercado dos países desenvolvidos. São conhecidos também como países recentemente industrializados, pois antigamente não tinham todo este prestígio que possuem hoje. Dragões Asiáticos são conhecidos também como espaço complementar da economia japonesa, pois os pequenos Dragões estão se inserindo cada vez mais numa área de influência da economia japonesa e do iene e os conglomerados e investimentos japoneses já assumem maior importância que os interesses norte-americanos e europeus.

A partir de 1º de Janeiro de 1994, o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton preparou-se para que o Congresso Americano aprovasse o NAFTA, que significa Acordo de Livre Comércio da América do Norte, formando assim o maior mercado comum do mundo; EUA, Canadá e México. Em Janeiro de 1995 começou a vigorar o MERCOSUL, que significa Mercado Comum do Sul.

O caminho da industrialização dos pequenos Dragões Asiáticos fez um caminho diferente do bloco latino, quer seja, baseou-se na manufatura de baixo investimento tecnológico (roupas, calçados) para os países desenvolvidos, ou seja, os países do bloco latino deveriam seguir o exemplo dos Dragões Asiáticos, pois eles fizeram o contrário que os pequenos Dragões, investiram demais ou nada em tecnologia e conseguiram somente vender para o mercado interno, pois seu produto não tinha condições de competir com os produtos dos países desenvolvidos.

Coréia do Sul e Formosa eram considerados, na década de 50 até 80, "o cinturão geopolítico" capitalista em torno da China Socialista, pois receberam influxos muito grandes de capitais norte-americanos e europeus no pós-guerra. Mas hoje a indústria desses países vive num salto de qualidade, ingressando na produção de mercadorias baseadas em tecnologia de média sofisticação (como microcomputadores).

Hong Kong e Cingapura são considerados centros urbanos internacionais, pois situam-se em rotas marítimas estratégicas. Tão pouco são considerados pólos de indústrias de exportação, mas antes eram destacaram-se como entrepostos de reexportação de manufaturados ou produtos primários, como o petróleo. Também considerados paraísos fiscais, porque atraíram companhias exportadoras e bancos internacionais.

Existe um território que vive situação paradoxal: possui economia desenvolvida, renda per capita alta, é grande exportador e é considerado território chinês sob administração britânica até 1997 quando voltará à soberania chinesa, ou seja, será devolvido a Pequim; esse país é Hong Kong. Apesar do compromisso assumido pelos chineses de manter o capitalismo durante cinqüenta anos, a transferência poderá provocar a emigração de capital e da mão-de-obra qualificada.

Dois motivos para a reduzida importância das trocas comerciais entre os países subdesenvolvidos são a necessidade de comércio com os países desenvolvidos, porque possuem uma dependência econômica muito grande com os países ricos e porque os produtos fabricados nos países subdesenvolvidos possuem a mesma tecnologia, só que mais estabilizada, que a dos países desenvolvidos que exportam essa tecnologia, então não há motivos para os países desenvolvidos importarem produtos com a mesma tecnologia que a deles.

Por fim podemos comparar o modelo de industrialização adotado pelos países da América Latina com o modelo adotado pelos Dragões do Leste Asiático. A comparação ficaria assim como está na tabela abaixo: