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PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO

 

Características do Capitalismo:

 

Capitalismo Comercial

Foi marcada pela expansão marítima das potências da Europa Ocidental, na época (Portugal e Espanha) em busca de uma nova rota para as Índias.O grande acúmulo de capitais se dava por meio de comércio, daí o termo capitalismo comercial. A economia funcionava segundo a doutrina mercantilista que pregava a intervenção governamental na economia, a fim de promover a prosperidade nacional e aumentar o poder do Estado, defendia a necessidade de acumulação de riquezas no interior dos Estados. A riqueza e o poder do Estado eram medidos pela quantidade de metais preciosos que possuíam. Esse princípio ficou conhecido como metalismo. Outro meio de acumulação de riquezas era manter uma balança comercial sempre favorável, daí o esforço para exportar mais do que importar, garantindo saldos comerciais positivos. O Estado deveria ser forte para apoiar a expansão marítima e o colonialismo, que garantiriam alta lucratividade, já que as colônias eram obrigadas a vender seus produtos as metrópoles a preços baixos e comprar delas o que necessitavam a preços altos. Karl Marx designou essa fase como a de acumulação primitiva de capital.

 

Capitalismo Industrial

O Capitalismo Industrial foi marcado por grandes transformações econômicas, sociais, políticas e culturais. Há duas maneiras principais de aumentar a taxa de exploração ou de mais-valia do trabalhador, a forma absoluta e a forma relativa. A mais-valia absoluta consiste em alongar ou aumentar a jornada diária do trabalhador. A mais-valia relativa consiste em aumentar a produtividade do trabalhador, aumentando o rendimento do trabalhador, sem aumentar a jornada diária de trabalho. O Estado Absolutista não deveria intervir na economia, que funcionava segundo a lógica do mercado, guiada pela livre concorrência. Consolidava-se assim uma nova doutrina econômica: o liberalismo. Essas novas idéias interessavam principalmente a Inglaterra "oficina do mundo" devido ao seu avanço industrial e devido ao seu poderio naval. O país vendia seus produtos aos quatro cantos do planeta. Nessa época, segunda metade do século XIX, estava ocorrendo o que se convencionou chamar de 2º Revolução Industrial. Uma das características mais importantes desse período foi a introdução de novas tecnologias e novas fontes de energia no processo produtivo. Havia uma verdadeira canalização de esforços por parte das empresas e do estado para a pesquisa científica, com o objetivo de desenvolver novas técnicas de produção. A descoberta da eletricidade beneficiou as indústrias e a sociedade em geral, pois promoveu grande melhoria na qualidade de vida. O desenvolvimento do motor a combustão interna, e a conseqüente utilização de combustíveis derivados do petróleo abriu novos horizontes para os transportes, que se dinamizaram imensamente, em virtude da expansão das indústrias automobilísticas e aeronáutica. Com o brutal aumento da produção a industrialização expandia-se para outros países. Era cada vez maior a necessidade de se garantirem novos mercados consumidores, novas fontes de matéria-prima e novas áreas para investimentos lucrativos. Foi dentro desse quadro que ocorreu a expansão imperialista na Ásia e na África. Em 1885 na conferência de Berlim, retalhou-se o continente africano, partilhando entre as potências européias. Essa partiilha imperialista das potências industriais consolidou a divisão internacional do trabalho pela qual as colônias se especializavam em fornecer matérias-primas baratas para os países que então se industrializavam. Nessa época também surgia uma potência industrial fora da Europa: os Estados Unidos da América. Em 1823, o então presidente norte-americano James Monroe decretou a doutrina Monroe, que tinha como lema "A América para os americanos" Na Ásia também em fins do século XIX, o Japão emergiu como potência sobretudo após a ascensão do Imperador Mitsuhito, que deu início a chamada Era Meisi. O choque de interesses internos e externos entre as potências imperialistas européias acabou levando o mundo à Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Assim a primeira metade do século XX, marcada por significativos avanços tecnológicos, foi também um período de grande instabilidade econômica e geopolítica.

 

O Capitalismo Financeiro

Uma das conseqüências mais importantes do crescimento acelerado da economia capitalista foi o brutal processo de concentração e centralização de capitais. Varias empresas surgiram e cresceram rapidamente: Industrias, bancos, corretoras de valores, casas comerciais, etc. O capitalismo entrava desse modo em sua fase financeira e monopolista. A consolidação do capitalismo financeiro só ocorreu definitivamente após a primeira guerra mundial. O liberalismo restringui-se cada vez mais ao plano da ideologia, pois o mercado passa a ser oligopolizado, dominado por grandes empresas, substituindo a livre concorrência e o livre mercado. O Estado por sua vez passa a intervir na economia, seja como agente planejador ou coordenador, seja como agente produtor ou empresário. Essa atuação do Estado na economia intensifica-se após a crise de 1929, que viria sepultar definitivamente o liberalismo clássico. Colocando em prática em 1933, pelo então presidente Franklin Roosevelt, o New Deal ("Novo Acordo") foi um clássico exemplo de intervenção do Estado na economia. Baseado em um audacioso plano de obras públicas, com o objetivo principal de acabar com o desemprego, o New Deal foi fundamental para recuperação da economia norte-americana. Essa política de intervenção estatal na economia oligopolizada, que acaba favorecendo o grande capital ficou conhecida como Keynesianismo. Em cada setor da economia -petrolífero, elétrico, siderúrgico, têxtil, etc- passam a dominar alguns grandes grupos. São os trustes. Quando esses trustes fazem acordos entre si, estabelecendo um preço comum, dividindo o mercados potenciais e portanto inviabilizando a livre concorrência criam uma cartel. Muitos trustes surgidos no final do século XIX e início do século XX, transformaram-se em conglomerados, resultantes de um processo mais amplo de concentração e centralização de capitais, de uma brutal ampliação e diversificação nos negócios, visando dominar a oferta de determinados produtos ou serviços no mercado, os conglomerados, são o exemplo mais perfeito de empresas que atuam no capitalismo monopolista.