A comemoração pelo bicampeonato paulista feminino de basquete seguiu até às 3 horas em uma churrascaria de Osasco. Depois das férias, até o dia 10, o próximo compromisso da equipe será o Campeonato Nacional, a partir de fevereiro. O BCN fechou o playoff decisivo do Paulista, contra a Arcor/Santo André, por 3 a 1. Para a técnica Maria Helena Cardoso, que conquistou o oitavo título de campeã paulista - o quarto com o BCN -, também será uma fase de definir o futuro. O clube vai ter de optar por duas das três atletas enquadradas na categoria A pelo ranking: Paula, Claudinha e Karina.
"Prefiro uma equipe com espírito coletivo", afirmou Maria Helena. "Vou passar isso, mas a decisão será da diretoria." Claudinha, a cestinha do time na temporada, disse que, se ficar sem clube, poderá jogar no exterior. Há um empresário verificando as opções disponíveis no basquete europeu. Claudinha poderá seguir o caminho de Alessandra, que está na Itália, e de Leila, que joga na Grécia . "É claro que não é agradável, que o ranking trouxe tensão e estão sobrando jogadoras no basquete", observou. "Mas a minha relação com o BCN é profissional e não vai haver problema, mesmo se eu tiver que sair."
Maria Helena não se cansa de afirmar que a marca registrada do grupo que está há mais tempo com ela, com jogadoras como Claudinha e Elena, e ainda as mais jovens, como Liliam, Katião e Geisa, "tem sido a garra, o perfil vencedor". Para a técnica, o título paulista veio disso. "Elas sabem transformar a dificuldade em oportunidade."
A equipe não teve Paula, por força do ranking, e perdeu Cristina e Karina, por contusões. A pivô Karina passou por uma artroscopia no joelho no dia 10/12/98. O BCN soube superar as dificuldades. Perdeu o primeiro jogo, em Santo André, por 86 a 80. Mas venceu os seguintes: 74 a 69, 86 a 79 e 80 a 78, na sexta-feira - 11/12, comemorando o título de bicampeã na casa do adversário.
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