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Projeto "Orar pelas Nações" - Argélia
Projeto "ORAR PELAS NAÇÕES"

Argélia

Fotos da Argélia via satélite! À Noite e ao Dia!

 

"ARGÉLIA" - Até quando esta matança?

Nome:- República da Argélia

Localização:- Oriente Médio

Capital:- Argel

População:- 30 milhões de habitantes.

Povos:- Árabes - 69 a 82,2% / Bérberes - 17 a 30% / Outros - 0,8% - franceses, marroquinos, e ciganos xoraxai. Obs:- 2 milhões de argelinos e descendentes vivem na Europa.

Língua Oficial:- Árabe. O Uso do francês e do inglês está aumentando.

Número de Linguas:- 17 (incluindo os dialetos) - Línguas com as Escrituras:- Duas com a Bíblia, duas com o Novo Testamento e seis com algumas porções da Bíblia.

Religião:- Os fundamentalistas muçulmanos estão pressionando fortemente pela instituição da lei sharia islâmica. Muçulmanos 99,4%; Cristãos 0,4% (Nominais 0,14% e filiados 0,26%); Protestantes 0,08% e Católicos Romanos 0,32%. Obs:- Missionários cristãos estrangeiros servindo na Argélia:- 25 (1 para 1.014.000 pessoas) / Missionários argelinos:- 2

Em meados deste ano a guerra civil da Argélia deu sinais de esgotamento. Após quase seis anos de conflitos e cerca de 60 mil mortos, os argelinos estavam saturados, exaustos, em desespero. A maioria parecia estar disposta a aceitar as manipulações políticas do presidente Liamine Zeroual que, aparentemente, conseguiria expulsar seus inimigos islamistas do sistema. De fato, um confiante Zeroual chegou mesmo a mandar soltar Abassi Madani, líder político da oposição islâmica, preso desde 1991. Mas ao contrário do que se esperava, o verão foi o mais violento dos seis anos de guerra, e no outono, com o governo em dificuldades, as perspectivas de paz nunca pareceram tão longínquas. Madani, tendo declarado que sua Frente Islâmica de Salvação (FIS) não iria se sujeitar à engenharia política de Zeroual, foi preso novamente. Rumores que vazaram do governo sobre conversações secretas com os islamistas sugeriam um ato de desespero; da mesma forma, as comemorações que acompanharam a declaração unilateral de cessar-fogo feita pelo Exército de Salvação Islâmica - força rebelde de importância secundária, ligada ao partido político de Madani. Enquanto isso, bandos do Grupo Islâmico Armado (GIA), atuando independentemente da liderança política islâmica, deixaram em pânico o país com ataques audaciosos e brutais. Por seis anos, os observadores presumiram que os massacres intermitentes na Argélia, principalmente em áreas rurais, eram obra do GIA. Na maioria das vezes, de fato, eram. Mas repetidamente, neste verão, bandos de criminosos entraram furtivamente em pequenas cidades, algumas próximas à capital, Argel, e passaram a noite cortando o pescoço de mulheres, crianças e velhos. Forças de segurança estacionadas nos arredores não reagiram aos pedidos de socorro. Reportagens locais do conflito são raras, já que os jornalistas na Argélia são vítimas de intimidação por parte do governo e dos assassinos islamistas. Não tem sido uma tarefa fácil identificar os assassinos nessa guerra civil. Na Argélia, hoje, importa menos saber quem é responsável pela matança, do que o estado é impotente para detê-la, o que faz da paz refém do caos. Não só o governo tem sido incapaz de restaurar a ordem, como também fracassou em enfrentar os problemas que deram origem ao conflito. Na Argélia, assim como em outros países, um movimento islâmico com fortes inclinações fundamentalistas era a única oposição organizada a um governo esclerosado que só atendia a seus próprios interesses. Muitos árabes temem que a guerra na Argélia possa ser sinal de um futuro condenado à rejeição da modernização - inspirada no islamismo - aliada a permanente instabilidade. Mesmo em países pacíficos como a Jordânia e o Marrocos, governados por monarcas benevolentes, os islamistas aguardam o próximo trauma social - guerra, fome, o que quer que seja - para entrar em ação. Não há evidências convincentes de que a maioria dos árabes veja o islamismo como a solução, que ache que a piedade e as orações sejam uma resposta para os problemas sociais. Os movimentos islâmicos podem variar na forma, mas as revoluções no Irã e no Sudão sugerem que a política do Islã resolve um problema - a deposição de governos seculares corruptos - só para criar vários outros. Ainda assim os árabes, frustados com os governos autoritários, voltaram-se para o islamismo na falta de alternativas em seus sistemas políticos. A Argélia jamais se considerou particularmente islâmica. Mas o governo, ao mesmo tempo em que sufocava toda dissidência política, tolerava organizações educacionais e comunitárias dirigidas pelas mesquitas, certo de que isso traria estabilidade política, ao propiciar meios para que os jovens - 50% dos quais desempregados - canalizassem suas energias para a religião. Em lugar disso, ajudou a criar uma geração de militantes islâmicos. Os tumultos de 1988 rapidamente transformaram-se em confrontação sangrenta entre o exército e multidões de militantes, centenas dos quais foram mortos. Esses eventos também produziram um líder, Ali Benhadj, o austero e místico jovem clérigo de uma mesquita freqüentada pela classe trabalhadora do bairro industrial de Argel. Benhadj demandava empregos, o fim da corrupção e uma "limpeza" nas leis argelinas para eliminar qualquer princípio contrário ao islamismo. A criação da Frente Islâmica de Salvação (FIS) foi anunciada em março de 1989, seguindo-se a um acordo estabelecido entre os principais clérigos. O nome exprimia um partido que tinha não somente uma missão política mas também espiritual. No entanto, os fundadores, embora apoiassem unanimemente a idéia de um estado islâmico, tinham sérias divergências em relação a sua natureza. Sua plataforma deixou as difíceis questões ideológicas e institucionais sem solução. Em junho de 1990, oito milhões de argelinos, aproximadamente 65% dos potenciais eleitores, votaram na primeira eleição livre, honesta e multipartidária da história da nação. Os resultados foram surpreendentes. A FIS venceu em 853 dos 1.541 municípios do país, inclusive em Argel. Recebeu 54% do total dos votos, incluindo o voto da imensa maioria dos eleitores com menos de 30 anos. A FLN (Frente de Libertação Nacional) obteve um distante segundo lugar com 34%. Mas a vitória da FIA não mitigou as manifestações públicas. Quando dois meses após as eleições as forças iraquianas invadiram o Kuwait, o governo de Bedjedid apoiou a coalizão liderada pelos Estados Unidos que desembarcou tropas na Arábia Saudita. Benhadj, desafiando o governo, levou seus homens recrutados para lutar contra as forças ocidentais no solo sagrado islâmico. Em junho de 1991, o governo prendeu Madani e Benhadj, junto com cerca de 700 militantes, alegando ter descoberto um depósito de armas da FSI. Seis anos de guerra na Argélia demonstraram que nenhum dos dois lados tem força suficiente para destruir o outro. A FIS está em farrapos; o seu sonho - de que sua mensagem faria o Estado desmoronar sob o seu próprio peso, como aconteceu com a monarquia no Irã - revelou-se uma ilusão. Ao mesmo tempo, as forças de segurança mostraram-se incapazes de deter os mujahideen (os que fazem o "jihad" - a guerra santa). Zeroual, presidente desde 1994, é um general de uns 55 anos, saído das fileiras do Exército. Quando os militantes o escolheram para substituir o Alto Comando do Estado, Zeroual era visto como superior em honestidade e competência ao resto do oficialato. Argelinos de todos os credos políticos esperam que a matança retroceda. Mas concordam que a luta pela alma da nação está muito longe de ter chegado ao fim.

(fonte:- suplemento n. 15 "Foreign Affairs" do jornal Gazeta Mercantil - texto retirado do livro "In the shadow of the Prophet: The Struggle for the Soul of Islam" de Milton Viorst a ser publicado pela Doubleday no início de 1998, e Jornal Palavra n.29)

Música:- Manso e Suave....

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