Meningite
- Sinais e Sintomas
A
meningite é uma doença séria. É rara, mas tem ocorrido com mais frequência
nos últimos anos. A meningite é propagada principalmente por meio da saliva.
Para
prevenir o contágio de meningite deverá ter em conta as seguintes precauções:
·
Não
partilhe as colheres, garfos, palhinhas, copos, ou outros objectos que contenham
a saliva de outras pessoas.
·
Não
partilhe cigarros, charutos ou cachimbos.
·
Assegure-se
de que as crianças não colocam na boca objectos que estiveram na boca de
outras crianças.
·
Evite
a proximidade de pessoas que tossem ou espirram.
·
Quando
tossir ou espirrar, tape a sua boca.
·
Lave
as suas mãos frequentemente com água morna e sabão, pois é possível que
tenha tocado nalgum objecto já contaminado.
·
Não
deixe que outras pessoas beijem os seus filhos mais novos directamente na boca.
Os adolescentes devem ser informados do facto de que, quando beijam alguém na
boca, estão a passar e a receber bactérias.
·
Evite
o fumo do cigarro.
·
Pode
beber água num chafariz público, mas não encoste a sua boca ao bocal.
·
Tente
levar todas as pessoas da sua família, dos 2 aos 22 anos de idade, ao Centro de
Saúde, para os vacinar contra a meningite nos próximos meses.
Também
é importante que você saiba quais são os sintomas da meningite:
·
Febre,
pescoço dolorido, pequenas manchas vermelhas na pele, vómito, confusão.
Nos
bebés, procure sinais de:
·
Birra,
pouco apetite, cansaço anormal. Se alguém na sua família tiver estes
sintomas, procure assistência médica imediatamente.
Não
entre em pânico e, em caso de dúvida, consulte o seu médico.
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Embora
existam novas vacinas, as crianças ainda não estão a salvo desta grave doença.
No entanto, os nossos filhos estão melhor protegidos contra as meningites. Logo
durante os primeiros meses de vida ser-lhe-ão administradas três vacinas, e
perante a mínima possibilidade real de contágio, é-lhe efectuado um
tratamento profilático urgente.
Mas
estas medidas não podem evitar que várias centenas de crianças adoeçam todos
os anos e, o que é pior, que algumas delas acabem por correr grave perigo ou
ficar afectadas para o resto das suas vidas. A única coisa que pode
tranquilizar os nossos receios é conhecer a doença e saber agir em caso de
perigo.
O
que é a meningite?
Consiste numa inflamação das meninges, umas membranas que envolvem o cérebro
e a espinal medula. Esta alteração pode ser muito grave porque as meninges, ao
aumentar de tamanho, pressionam o cérebro (que é um órgão vital) e também
os vasos sanguíneos que o irrigam.
Como
se reconhece?
Existem dois tipos de sintomas, uns que são comuns a outras infecções, como a
febre, o abatimento ou a falta de apetite, e outros específicos: dor de cabeça,
irritabilidade, vómitos violentos, convulsões e dilatação da fontanela nos
bebés. Um sinal inequívoco da meningite é a rigidez da nuca, e assim, no caso
de se detectar algum sintoma do segundo grupo, é preciso pedir à criança que
incline o pescoço para a frente (ou tente incliná-lo) para comprovar se tem
mobilidade.
Onde
se trata?
O diagnóstico precoce é crucial para uma boa evolução da doença: a criança
deve ser observada imediatamente por um médico; se o especialista confirmar
que, efectivamente, ela está a sofrer de uma meningite, transferi-la-á
imediatamente para um hospital.
Como
se contagia?
Todos os vírus ou bactérias que produzem a meningite alojam-se na faringe dos
doentes e de muitas pessoas saudáveis (chamadas portadores sãos) e
transmitem-se por via aérea (através das gotículas de saliva que se escapam
ao falar, ao espirrar ou tossir). Estes vírus não sobrevivem nos objectos, por
isso, a doença não pode contagiar ninguém por frequentar a mesma escola de
uma criança doente nem por tocar nos seus objectos.
Em
que período do ano é mais frequente?
Pode-se contrair uma meningite em qualquer estação do ano, mas a imensa
maioria dos casos produz-se durante os meses de Inverno e Primavera.
Qual
é o gérmen causador?
Não existe um único culpado, mas sim vários. Pode causar meningite qualquer vírus
ou bactéria que consiga chegar até às meninges e multiplicar-se aí. Os vírus
que causam mais meningites em Portugal são, actualmente, as bactérias
meningococo e Haemophilus influenzae, pneumococo, e os enterovírus, parvovírus
e vírus echo.
É
imprescindível fazer uma punção lombar?
O médico extrai uma pequena quantidade de líquido cefalorraquidiano das
lombares, com uma agulha muito fina. Esta amostra permite conhecer qual o gérmen
que produziu a infecção e estabelecer o tratamento adequado. Efectua-se na
maior parte das crianças com sintomas.
Existe
vacina?
Não existe uma vacina contra todos os vírus e bactérias que possam causar uma
meningite, mas três vacinas contra as três bactérias mais comuns: contra a
Haemophilus influenzae b, contra o pneumococo e contra o meningococo C (a antiga
vacina contra os meningococos A e C tinha uma eficácia temporária). As duas
primeiras administram-se a todas as crianças, e a terceira está prestes a ser
introduzida.
Meningite
meningocócica
Existem
13 tipos de meningococos diferentes; entre eles, os mais comuns em Portugal
neste momento são o B e o C.
Quem
pode ficar contagiado?
Qualquer criança que tenha contacto próximo com um doente ou um portador saudável
pode contrair a meningite, mas na realidade, a maior parte dos doentes tem menos
de seis anos. As crianças mais crescidas não costumam contagiar-se.
Pode
deixar sequelas?
Quase
todos os doentes ficam curados e sem problemas.
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Meningite:
como agir?
Detectar
a Meningite a tempo e saber agir imediatamente pode ser vital.
O
que é uma sepsis?
A bactéria meningococo pode produzir uma infecção do sangue (sepsis)
simultaneamente com a meningite ou independentemente dela. Esta doença é ainda
mais grave de que a própria meningite porque costuma deixar lesões irreversíveis
e inclusivamente muitas crianças falecem em poucas horas. O seu sintoma
característico são as petéquias, umas manchas de cor avermelhada, causadas
por pequenas hemorragias.
Os
médicos recomendam aos pais esticar a pele que envolve estas manchas para
identificá-las. Se ao fazê-lo elas desaparecerem, isso é o sinal de que não
são petéquias, mas se persistirem, então não restam dúvidas. Nesse caso, a
vida da criança corre sério perigo: é preciso levá-la imediatamente ao serviço
de urgências.
Quais
as crianças que devem levar a vacina?
A vacina contra o meningococo C administra-se a todos os bebés aos dois, quatro
e seis meses de idade, mas ainda não existe entre nós. Contra o meningococo B
ainda não existe vacina.
O
que acontece se uma criança vacinada tiver contacto directo com um doente?
É preciso consultar o pediatra esteja a criança vacinada ou não. A vacina
somente imuniza a criança contra o meningococo C, não contra o B. Se o médico
o considerar necessário, recomendará um tratamento profiláctico, à base de
antibióticos, para evitar que a criança chegue a desenvolver a infecção.
1.
Meningite
por "Haemophilus influenzae b"
Quando não se administrava a todas as crianças uma vacina contra esta bactéria,
elas corriam o sério risco de ficar com sequelas graves ou inclusivamente
perigo de vida.
·
A
vacina protegerá contra outras doenças?
Sim: contra algumas otites, celulitis (inflamação bacteriana do tecido subcutâneo),
certas pneumonias e, sobretudo, contra uma situação que ameaçava a vida da
criança: a epiglotite. Desde que se vacinam todas as crianças, esta infecção
praticamente desapareceu.
·
Com
que idade se aplica a vacina?
Aplica-se
em três doses no primeiro ano, aos dois, quatro e seis meses, e outra dose aos
18 meses.
2.
Meningites
virais
Causam
sintomas idênticos aos das meningites bacterianas, mas seriam bom que todas as
meningites fossem como estas. Embora a criança se encontre mal e deva ser
internada num hospital, curar-se-á sem tratamento. A sua vida não corre perigo
e não ficará com sequelas.
·
Existe
vacina?
Por
enquanto, ainda não se desenvolveu nenhuma.
·
Quem
pode ficar contagiado?
Todas
as crianças, embora seja mais frequente nas de tenra idade.
·
Quanto
tempo devem ficar hospitalizadas?
Depende
do centro. Geralmente, a criança tem alta uma vez que o médico comprove que a
doença foi originada por um vírus.
3.
Meningite
peumocócica
É
menos frequente que a meningite meningocócica, mas bastante mais grave. Pode
fazer correr perigo de vida à criança ou causar-lhe atraso mental, alterações
motoras e surdez, entre outras lesões.
·
A
quem afecta?
Sobretudo
crianças com menos de dois anos e adultos com mais de 65.
·
Existe
vacina?
A
boa notícia é que durante os próximos meses estará disponível uma vacina
contra sete tipos de pneumococos que produzem meningites.
·
Quando
se aplica?
As
autoridades sanitárias americanas (um país que serve como referência aos médicos
de quase todo o mundo), recomendam administrar três doses aos bebés, aos dois,
quatro e seis meses. Para as crianças que têm entre um e os dois anos
aconselham duas doses, e para as crianças de dois a cinco anos, uma única
dose.
·
Esta
vacina protegerá contra outras doenças?
O
pneumococo também causa pneumonias, otites médias, sinusites, faringites,
bronquites e sepsis pneumocócica. Por isso, a vacina imuniza também contra
estas infecções. Isso não quer dizer que uma criança vacinada não possa vir
a ter pneumonias ou otites, porque elas também podem ser provocadas por outros
gérmens.
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Meningite
Meningite «ataca» no Outono e Primavera .
A
meningite meningocócica é uma doença que pode matar.
Mas a morte rápida pode não estar na meningite. A septicemia, cujo agente é
comum à meningite, pode ser uma infecção tão violenta que nem dá tempo a
que o meningococo chegue ao cérebro.
A
meningite meningocócica parece preferir o Outono e a Primavera para se
manifestar, o que o Dr. Luís Mota, médico pediatra, justifica com «a maior
frequência das infecções respiratórias que podem oferecer condições de
susceptibilidade ao aparecimento da meningite».
Também
a percentagem de meningococos nos portadores sãos pode atingir um valor capaz
de fazer surgir um surto desta doença porque, afirma o especialista, «todos nós
podemos albergar um meningococo na nossa rinofaringe».
A
meningite é explicada como uma inflamação das meninges, que são as
estruturas que envolvem o cérebro. As manifestações da doença dependem da
idade da pessoa afectada. Trata-se de uma doença contagiosa, que inclui as
chamadas meningites benignas, cujas «culpas» são atribuídas a um vírus que
não apresenta possibilidade de terapêutica antibiótica. Estas meningites
virais «são doenças autolimitadas, mas que também requerem internamento
porque muitas vezes as crianças têm febre e vomitam, precisando de um apoio
hidroelectrolítico para não se desidratarem», refere Luís Mota.
As meningites neonatais manifestam-se por febre ou hipotermia, rejeição dos
alimentos, prostração, irritabilidade e, por vezes, convulsões localizadas.
«Nos lactentes poderá também surgir uma hipertensão da fontanela anterior»,
adianta o pediatra. Quando a criança atinge uma idade em que já se pode
queixar surgem eventualmente cefaleias, além da febre que habitualmente está
presente, prostração, vómitos e rigidez da nuca.
Septicemia
mortal
A
septicemia pode ser provocada por muitos agentes. Mas aquela que habitualmente
aparece nas crianças e que pode causar morte rápida materializa-se num agente
que também é causa da meningite -- uma bactéria que dá pelo nome de
meningococo.
A septicemia mais grave, que pode muitas vezes ser identificada como meningite
fulminante, pode causar a morte pouco tempo após as primeiras manifestações.
Trata-se de uma infecção sanguínea igualmente despoletada pelo meningococo.
Por isso Luís Mota esclarece que «na maioria dos casos há septicemia quando há
meningite, porque a bactéria circula. Quando o faz, pode atravessar a barreira
hematoencefálica e causar meningite».
Mas, por vezes, é de tal maneira grave que não dá tempo a provocar meningite.
Essa é a forma mais grave de septicemia. Isto significa que o falecimento da
criança nem sequer é atribuído à meningite. Aliás, sublinha o pediatra, «um
dos critérios de gravidade da septicemia é a não existência de meningite».
Se uma criança aparece no banco de urgência com uma septicemia, é executada
uma punção lombar, ou seja, extrai-se uma amostra do líquido da medula
espinal.
Caso não lhe seja diagnosticada uma meningite, o médico tem razões para ficar
bastante apreensivo, na medida em que suspeita ter em mãos um exemplo grave de
septicemia.
A meningite meningocócica pode aparecer em qualquer mês, mas parece preferir o
Outono e a Primavera para o fazer. Também a percentagem de meningococos nos
portadores sãos pode atingir um determinado valor capaz de fazer surgir um
surto desta doença, porque todos nós podemos albergar o meningococo na nossa
rinofaringe.
A profilaxia dos contactos íntimos visa fundamentalmente eliminar a bactéria
da rinofaringe do portador são que porventura terá infectado o doente
hospitalizado e que potencialmente poderá vir a infectar outros indivíduos.
Comunidades
fechadas
Normalmente
a meningite e a septicemia meningococica são provocadas pelos meningococos que
vivem na nossa rinofaringe. Luís Mota aponta determinadas situações em que o
organismo está mais debilitado ou com uma quebra de imunidade, como propícias
ao aparecimento da infecção meningococica.
Há factores sociais inerentes à proliferação da doença, como por exemplo a
coabitação em comunidades fechadas, que podem facilitar a disseminação da
infecção.
As meningites que reclamam mais urgência no seu tratamento são as bacterianas.
Esses
microrganismos variam de acordo com o escalão etário a que a pessoa afectada
pertence, sendo diferentes no período neonatal, nas crianças de um a três
meses e desta idade em diante.
Há que tentar, em primeiro lugar, isolar o agente responsável, procurando
identificá-lo no sangue, bem como efectuar uma análise ao líquido da medula
espinal, após o que Luís Mota defende a administração imediata de um antibiótico
de largo espectro que procure cobrir os agentes mais frequentes nesse grupo etário.
Contudo, a meningite meningocócica prevalece no nosso país e ainda não tem
vacina.
Razões
para procurar o médico
·
Febre
alta
·
Prostração
·
Vómitos
·
Aparecimento
de petéquias (pequenas hemorragias na pele ou manchas tipo picada de pulga, que
avançam rapidamente), ou sufusões hemorrágicas